sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
UMA CRÔNICA DE NATAL...
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
UMA CRÔNICA ANTIGA DO DR. JORGE WASHINGTON DE OLIVAES...
sábado, 3 de dezembro de 2011
A inglória saga de Marcos Mariano da Silva...
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
O Perfil do Corrupto... por Frei Betto
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Chefe Olavo, um exemplo de cidadão que sempre foi e sempre será...
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
Em algum lugar no futuro...
Em algum lugar no futuro...
José Carlos Ramires
colaborador
Fala-se em ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente; Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; Conselheiros Tutelares que cuidam da Assistência das Crianças e dos Adolescentes. Políticas de Proteção e de Assistência aos menores e adolescentes, e de tudo o mais que for válido e importante. Temos de tudo, temos leis, isso e aquilo, e mesmo assim estamos perdendo as rédeas do controle, com nossas crianças se perdendo nos meandros escuros da noite e dos negócios escusos...
Parece-nos que não estamos funcionando a contento e que em alguma coisa e em algum lugar estamos errando. Em que estamos errando? Onde e quando foi que nos perdemos? Estas são perguntas, que de nós e do governo, exigem-se uma resposta ou muitas respostas.
Do que mais estamos precisando? Sabem do que precisamos? De mais educação... E educação de boa qualidade. De melhores escolas e de políticas sociais, fortes e eficientes. De valorização dos Professores e das Escolas Públicas. De boas e excelentes políticas educacionais em todos os níveis de governo.
Vivemos num mundo, e num país onde tudo se permite, onde todos têm os seus direitos, e ninguém nem pensa sobre os seus deveres. Em nossa Constituição só vemos Direitos disto e Direitos daquilo e nunca, mas nem um pouquinho, sobre os Deveres disto e os Deveres daquilo. Nos Direitos todos agem e exigem, mas nos Deveres ninguém se manifesta e nem é molestado, achando que não é de sua obrigação... Só quando se comete algum ato ilícito e mesmo assim, nestes atos criminosos, estes não são punidos exemplarmente. E vivemos num ambiente onde, infelizmente, o Crime Compensa... A engenharia financeira do Crime é favorável ao criminoso. A sua pena é muito abrandada e isto transparece a todos, aos bons e aos maus cidadãos e até aos criminosos de carteira... E nossos parlamentares nada fazem... Legislam para quem?
Quanto aos políticos, nem se fala... Aqui já temos que inventar uma nova maneira de abordarmos o estudo sobre estes comportamentos sui-generis e diferenciados dos políticos. Todos se acham impunes e imputáveis. Legislam em causa própria, fazem as leis de tal modo a lhes favorecer. Aumentam seus salários e nada acontece. Criam verbas de tudo e sobre tudo a que lhes dizem respeito. Possuem direitos disso e daquilo. Contratam assessores e criam diretorias disto e daquilo, só para empregarem os seus apaniguados e protegidos. Secretarias e Ministérios cada vez em maior quantidade... Até onde vamos?
Estamos num sistema de governo onde o que impera não é a Democracia, o governo do povo e para o povo. A democracia é uma ilusão, um engodo, onde todos nisto acreditam. O governo acha que é democrático e o povo acredita que o sistema é democrático. O que impera em nosso sistema é um Governo de Políticos, brincando de Política Democrática e ditando leis que só a eles mesmos, e a seus benfeitores interessam... Um governo onde impera a Mediocracia e não a Democracia. Um governo onde, pelo atual sistema imposto, o povo não tem soberania. Quem tem soberania é o próprio sistema, um sistema onde todos os políticos e seus prepostos se empregam e se locupletam, onde os dirigentes nomeados, indicados ou apadrinhados, criam os seus próprios Sindicatos da Desgovernança e da Locupletagem, com invenções malucas e muito bem estruturadas de como sacar e exaurir os cofres da viúva... Todos criam os seus jeitinhos, esquemas e modos de tirar alguma vantagem. Um sistema onde se impera a troca de favores, transmutados em um balcão de negócios, onde a moeda de troca são os cargos, as nomeações, os beneplácitos, os nichos de mercados, onde os cargos e funções de governo, são trocados e vendidos...
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
09/09/2011 > Sete de Setembro, uma comemoração e tanto...
Sete de setembro, uma comemoração e tanto...
Como isto aconteceu? Como fui acordado? Como me chamaram atenção? Simplesmente pelos sons ecoados de baixo para cima, desde a Praça Ataliba Leonel, quando um grupo de 24 rapazes, entre jovens e crianças, em formação característica, gritando alertas e frases de comando, chamando e convocando os transeuntes para o evento que em seguida se apresentaria.
Isto logo cedo, por volta das oito horas da manhã, de um Sete de Setembro até então mal lembrado, e nem sequer citado. Foram precisos 24 jovens para me alertar. Hoje é o Sete de Setembro! Não um dia qualquer. E deram três, cinco voltas na praça. Fui me trocar e tomar um café. Um café rápido.
Entretanto, por força de compromisso de trabalho, fui em direção ao meu escritório, quando percebi o movimento daqueles jovens sentados numa ruela da praça ainda sem calçamento. Estavam todos em cima da areia esparramada naquele trecho, sentados em bancos amarelos, das mesmas de uma das cores de nossa bandeira, como a anunciar o que logo se viria, veria e se sentiria.
Ao visar aquela formação de jovens, conversando e gesticulando, perguntei-me: - O que será que estão fazendo? Isto me despertou uma curiosidade incontrolável e imediatamente peguei a máquina fotográfica e lá fui averiguar e assuntar.
Era uma conversação, seguida de algumas instruções comandadas por dois jovens, jovens escoteiros já formados e devidamente uniformizados nos costumes e ditames da União dos Escoteiros do Brasil – UEB. Seus nomes: Jorge, o mais velho e Augusto Rena, o mais novo.
Apresentei-me e um colóquio se firmou. Eles estavam preparando uma comemoração e um estudo em grupo do acontecimento do dia, o dia em que se comemora a nossa Independência. O glorioso 07 de setembro...
Algumas fotos tirei, e nestas conversas vi o ressurgimento recente de um dos mais antigos grupos de escoteiros de nossa região, o famoso Grupo de Escoteiros Caiuá, o de nº 124 do Estado de São Paulo. Este mesmo grupo que foi fundado em 1937 e acompanhado durante muitos anos pelo nosso querido e eterno chefe, o Chefe Olavo, o Olavo Ayres de Lima. Infelizmente, no ano de 2000 a sua atividade foi encerrada.
Mas felizmente, por conta e obra destes jovens idealizadores: Jefferson Cassú Manzano, Augusto Cesar Cardoso Rena, Paulo Henrique Botter Ribas, Willian Gyorf Menezes, Livia Arabori e Jorge Antonio Araruna, o nosso querido Grupo de Escoteiros Caiuá renasce, com força e vigor. Sejamos portanto apoiadores e incentivadores deste velho e novo renascido Grupo de Escoteiros, o do sempre número 124, o do sempre nominado Caiuá.
Surpresas ainda viriam... E logo, quando do término da minha lide laboral, neste feriado nacional, dirigi-me para ao outro lado da rua onde lá se encontrava o agrupamento Caiuá de escoteiros. E deste momento em diante presenciei uma das mais comoventes ações de cidadania: a do hasteamento da Bandeira Nacional, de uma pequena e ao mesmo tempo grande bandeira, de um mastro simples, do tronco fino de uma pequena, porém grande árvore, e de uma corda, branca, tão branca quanto a pureza das almas que ali se encontravam, iniciando-se a cerimônia silenciosa e solene da elevação ao mais alto que possível fosse, daquele lábaro verde-amarelo. Não houve nenhum hino, somente o silêncio emocionante dos ruídos leves que por lá se ouviam. E a bandeira tremulando. A tradição não foi cortada. O hasteamento foi realizado. Autoridades não se viram. Não houve escolas. Não houve fanfarras, e nem aparelhos de som. Sem discursos e sem danças... Simplesmente uma única, simples e grandiosa cerimônia de civismo e cidadania.
Vinte e quatro jovens e um senhor de branco, de máquina fotográfica na mão, registrando um momento eterno, destes que se gravam no lado esquerdo do peito... Viva o Brasil, viva a Independência, viva o Grupo de Escoteiros Caiuá... Meus parabéns aos jovens e meus agradecimentos por este momento...
José Carlos Ramires
07/09/2011 – 189 anos da Independência...
jc_ramires@yahoo.com.br
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Quando se permite o erro, o que é certo se torna chato... E pedante...
Acredito que quase tudo neste país está virando de cabeça para baixo... O Certo não é certo e o erro tolerado. Até onde iremos parar? Não sei. Que o digam os senhores leitores.
Tudo começou com a chegada gradual de uma permissividade sem limites, onde iniciamos a perda lenta e insistente de uma tradição salutar da ordem, da disciplina e da organização. Agora, neste mundo globalizado, tudo se permite, tudo é válido... Os valores se esvaindo pelas mãos como areia fina, tornada que foi, quando rocha um dia fora. Os valores, todos eles, de ética, de moralidade, de honestidade, de justiça, todos estes sensos, todos estes sentimentos de valoração se perderam no tempo, virando coisa do passado, coisa de velho. Hoje o que vale é a esperteza, o que vale é a mais valia, o que vale mais é a valorização do ego, a superação da matéria em relação ao espírito, sendo importante o ter... e não o ser.
Lembro-me de que nas escolas a disciplina e a ordem imperavam e todos obedeciam... Aos professores, aos mais velhos e aos diretores de escola. A disciplina pela manutenção de certos hábitos salutares onde os alunos possuíam seus uniformes e nós, alunos, orgulhávamos de usá-los e de ostentá-los, além de os mantermos, digo, nossas mães mais precisamente, impecáveis, e esta disciplina nos orientava e nos conduzia. Ordem para tudo fazermos.
A primeira atividade escolar do dia começava com uma reunião no pátio, quando todos perfilados, hinos cantávamos, não um, mas dois, mais precisamente o da Bandeira e o glorioso Hino Nacional. Em seguida, e em ordem íamos todos, do pátio para as classes, em ordem, em harmonia e sem correria.
E por quais motivos estou a dizer todas estas coisas, que a muitos, banais possam parecer? Por que? Pelo simples fato de que, não bastasse a noção de progressão continuada nas escolas, digo obrigação de todos os alunos passarem de ano, não interessando muito o seu aprendizado, mas tão somente o resultado frio e numérico das estatísticas do ensino. Mais alunos nas classes, nas escolas, não importando o seu rendimento e o seu aprendizado. Verdadeiros analfabetos escolarizados. Continuando a dizer, não bastasse isto tudo já dito, vem agora em nossas mãos e nas mãos dos professores e alunos, através do MEC – Ministério da Educação e Cultura, algumas cartilhas das mais malucas possíveis, fazendo a apologia do errado e ridicularizando o certo e tornando-o um meio de discriminação dos menos afortunados. Digo isto e indignado fico. O certo não é mais certo e o errado não é mais errado. A norma gramatical não vale. O certo é falar errado. Falar errado pode. Mas... Escrever... Escrever é outra coisa. Escrever, o escrever tem que ser do modo certo. Vejam que discussão interessante. Falar podemos como quiser. Assim falaríamos: “os carro tá sujo”; “nóis vem e nóis vai...” e assim todos “vai” em frente e “seje” o que Deus “quizer”. Epa! “Quizer” não pode, tem que escrever: quiser. Ou seja, falar errado, “nóis podemo”, “mais escrevê” errado, “nóis” num pode.
A língua culta, coitada da língua culta. A nossa valorosa, linda e culta Língua Portuguesa, que da Flor do Lácio nasceu, virando do avesso está. Os seus valores, perdendo estamos, não por culpa do povo, mas por culpa de alguns educadores, que nos incutem estas ideias e conceitos de que o importante é termos a noção de que não podemos discriminar e tornar nossos alunos ridicularizados, e que então, por isto, devemos aceitá-los como são, e como falam! Mas o que está havendo? Mas quem falou que os alunos assim se sentem? Existem estatísticas? Foram feitos estudos? Qual o percentual dos alunos pesquisados? Como foi esta amostragem?
Garanto que, qualquer aluno, mesmo os adultos que estão sendo alfabetizados, não pensam assim. O que estes alunos querem, e muito, é aprender. Aprender a ler, falar e escrever, e de modo correto. Porque motivos iriam querer ou aceitariam falar e escrever errado? Pois que é mais fácil escrever errado, quem errado fala, esta é a tendência natural. A oportunidade tem que ser dada. Não podemos omitir a verdade, e o que é a verdade senão o conhecimento? E neste caso: o que é o conhecimento senão a verdade de que existe uma normativa, ou uma norma gramatical, devendo ela deve ser obedecida. Deveria ser diferente? Não deveria existir uma norma?
Dizem alguns estudiosos, pedagogos e psicólogos, que, se insistirmos em corrigir suas falas, os novos pequenos alunos, e também os adultos, sentir-se-ão envergonhados e não aprenderão. Mas como? Se estão na escola, prá que serve então a escola, senão para um único, valoroso e abençoado fim, que não seja o de aprender. E neste aprender, um conhecimento conquistar, e com este conhecimento a verdade lhe aparecer, como um halo de luz em sua mente brilhar.
A estes alunos havemos de lhes dar a possibilidade de outros caminhos tomarem e de escolhas fazerem. Somente quem sabe, quem tem o conhecimento, sabe distinguir, durante a fala e ou escrita, diferenciar o que é e o que não é certo. E pode então, a seu modo, com sua arte de escrever, escrever do modo e do jeito que lhe aprouver, se sua obra, uma obra de arte for. Quantos escritores de renome já escreveram romances fantásticos e belos, usando os termos e modos de falar dos matutos mineiros, dos atrevidos caipiras dos lados paulistas, do malemolejo dos falares característicos dos nordestinos das caatingas, não só da flora dura e retorcida, mas também das falas sertanejas, duras e retorcidas. Cada povo tem um modo e um jeito especial de se falar, mas nem por isto, deixam de ter o direito de saber o modo correto, se assim uma oportunidade tivesse. Mas, será que estamos isto fazendo? Será que é isto o que os governos estão propiciando? Estamos realmente dando estas oportunidades? A oportunidade do ensino correto, justo e perfeito, para um maior e melhor aprendizado, e deste aprendizado um melhor conhecimento adquirir, e melhores oportunidades em suas vidas lhes aprouverem?
O que nós queremos? Muitos falam de uma melhor segurança, no ir e no vir, sem medos e sem temores. Que a violência é de só aumentar. Que ninguém mais consegue sossegar.
Outros dizem que de leis mais duras precisamos, novos códigos, civis e criminais e também processuais. Que a Justiça não pune, que a impunidade graça, para graça dos ricos, e desgraça dos mais pobres. Aos ricos os recursos e aos pobres, sem recursos, o chicote da Lei. Aos bandidos e criminosos confessos, lei branda e concessionária. De tudo isto podemos em parte concordar. Mas, de uma coisa tenho certeza. De que melhor seria, melhor educarmos e mais dinheiro com escolas gastarmos. Pois que, com escolas, e digo escolas, e não esses sistemas, que pensam que ensinam, e de alunos, que acham que aprenderam, mas sim de escolas, verdadeiras escolas, dessas com E maiúsculo, melhores homens seremos, e de prisões, não precisaríamos...
Quanto mais educação, menos prisões... Este é o ensinamento e este o caminho...
José Carlos Ramires - 2011 A.D. – 31 de maio
Santo Anastácio-SP