UMA CRÔNICA DE NATAL...
José Carlos Ramires
Colaborador
Natal 2011
23/12
Uma crônica de Natal... O que devo escrever sobre
um dos maiores eventos de comemoração da humanidade, junto do Ano Novo, seu
primo-irmão das Festas de Fim de Ano, para agradecimentos pelo ano findo e
desejos de bons augúrios do ano que surge? O que deveria escrever? E que dizer
do Natal, o aniversário de Jesus, o Messias?
Pensei em definir o que seria o Natal... Natal,
substantivo, relativo a nascimento, natalício. Como adjetivo seria o local do
nascimento de alguém ou de algo... Mas que importância estas definições teriam?
Para mim, e creio que para muitos, Natal é, e nunca deixou de ser uma grande
festividade em comemoração ao nascimento de um menino, numa pequena manjedoura
e que marcaria para sempre a história dos homens e da humanidade.
Nasce em Belém na Palestina, entre
os anos 8-4 a.C, Aquele que mais tarde seria conhecido por Jesus Cristo, de
Christós, uma palavra grega, significando “O Ungido”, segundo orientação
dogmática da Igreja Católica. Entre os anos 26-29 d.C é condenado pelos homens
de então, e “morto” por crucifixão.
Segundo a língua então falada por Jesus em seu
tempo, seria Ele conhecido por Yeoshua Ben Yosef, que significa: Jesus, Filho
de José, como era o costume da época.
Para os muçulmanos Jesus foi um
grande profeta e era, na língua árabe, e ainda é, conhecido por “Isa ibn Maryam”,
Jesus, filho de Maria.
Jesus, como enviado de Deus (Yaveh), seria o Messias (Salvador), aquele que
resgataria a dignidade dos Judeus, libertando seu povo do jugo implacável dos
invasores romanos na Palestina... A sua vida e seus ensinamentos, mudaria o
curso da história e o rumo das crenças e da fé, surgindo-se por criação dos
homens, uma das maiores Igrejas do mundo, a hoje conhecida como Igreja Católica
Apostólica Romana, por orientação e inspiração de São Paulo Apóstolo. Outras
Igrejas surgem, dos mais variados nomes e todas, invariavelmente, focadas e
centradas nos ensinamentos de Jesus.
Mas, ainda me pergunto: que
fundamentos, que ensinamentos, ou o que escreveria como conseqüência e como
júbilo pelo nascimento deste homem enviado por Deus aos homens da terra? E aos
homens de Boa Vontade? O que poderíamos dizer?
Estamos vivendo uma época de
tragédias, de desesperanças para muitos, de fome, de guerras, por conta e obra
da desarmonia, da ambição, do egoísmo e desarranjos dos homens. E então, como
ficamos? Deixamos assim? Ainda resta muito do que podemos realizar. Mas, com
três virtudes não podemos abandonar: a Fé, a Esperança e a Caridade, este tripé
mágico deixado como ensinamento pelo nosso Mestre dos Mestres.
A Fé, uma virtude das mais
enigmáticas e místicas que podemos ter. A Fé que acredita, que espera, que
busca, sempre e sempre algo, ou um objetivo, uma meta... A Fé que move
obstáculos. Uma Fé, calcada na Esperança... Diante de tantas injustiças e
iniquidades, o que podemos esperar? Existe esperança para o mundo e para os
homens? E existe para cada um de nós?... Tudo começa então com esta resposta:
sim, e é para cada um de nós que ela existe!
Cada um de nós, cada ser – como único que é – mesmo
com nossas crises, deve buscar esta Esperança escondida em seu íntimo, em seu
coração e em sua mente. E onde estaria esta Esperança de um mundo melhor? A
esperança estaria na política, na religião, na educação, na ciência, na
tecnologia, na criatividade? Não, entendo que a Esperança não está nestas
coisas. A Esperança se encontra dentro de nós, em nossa mente, em nossa alma,
em nossos corações, nas nossas mudanças de atitudes, de hábitos, na busca
incessante do crescimento interior através da Paz tranqüilizante e
restauradora.
Com esta Fé, com a Esperança de mudanças para dias
melhores, através da Paz Interior, propiciada pelo Crescimento Espiritual,
seremos convocados para atitudes de amor, calcadas que são na Caridade... Uma
Caridade gratuita, não engessada por vaidades. A Caridade que vem do íntimo de
cada um... A Esperança estaria então na Caridade... Esta virtude advinda do
amor, um amor sem definição, um amor sem preconceito, um amor pacificador.
O que move o homem? Senão a Esperança, esta força
construtora, criativa e sustentadora da Vida...
Neste dia 25 do último mês de cada ano, não nos
interessa agora os motivos, mas neste dia comemora-se o Natal de Jesus, o
natalício de Jesus, e com ele, e com todas as festividades associadas, rendemos
graças e comemoramos o aniversário de Jesus. Nesta data, Ele completa 2.010
anos de vida plena, como filho de Deus e enviado por Deus, para a Salvação dos
homens, dos homens de Boa Vontade...
E assim este dia, rendendo-se aos costumes mais
antigos, quando se guardava alimentos e conservas de todos os tipos, para o
longo inverno que no hemisfério norte se anunciava, transforma-se em todo o
mundo cristão em momentos de reflexão e de comemoração em família, com trocas
de presentes, brindes, abraços e agradecimentos.
E com a figura do Papai Noel, uma criação dos
homens, surge esta lenda do bom velhinho, mas que para as crianças, uma
verdadeira realidade se torna. A de que o Papai Noel do Céu, o pai de todas as
criancinhas, vem até nós, e para os pequenos, uma esperança em realidade se
transformar. Este é o espírito de Natal: uma força energizante que transforma
os homens, que alegra as crianças; uma força balsamizante que aplaca as
desavenças; uma força reveladora que reanima e reaproxima as pessoas em torno
de um personagem verdadeiramente presente. Aquele que numa noite fria de
inverno, numa cidadezinha por nome Belém, numa manjedoura simples, rodeado por
seus pais, José e Maria, junto a grandes e pequenos animais, e na presença de
três misteriosos Reis, trazem presentes e deste modo todos nós ansiamos por esperança
de uma nova vida, de uma nova Luz para aclarar os caminhos e alumiar as mentes
de todos os homens de Bem e de Fé, de Fé na Esperança, e com esta Esperança, a
força de um Amor pleno de Caridade...
Um Feliz Natal a todos... E que a Fé, a Esperança e
a Caridade estejam em vossos corações... Busquem a Felicidade, pois que com
ela, Boa Sorte você terá, e assim a Paz presente se fará...